sexta-feira, 22 de junho de 2007

Depilação (é de rachar de rir)

"TENTA SIM, VAI FICAR LINDO!!!"

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim.

Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria.
Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada??? Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava? Coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável.
E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal.
Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor.De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas.
Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura.
Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo.
De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- ...é... é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né? Ela riu. Que situação ! ! !
E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.....
Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar.
Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o SAMU.
Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar.
Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você? Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha".
Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes.
O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação.
Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá?
Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.
Foram dois segundos de choque extremo. "Baixe a calcinha...". Como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...Namorar??? Eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei anti-depilação cavada.
Queria comprar o domínio www.preserveasbucetaspeludas.com.br
É.... Mulher sofre!!!

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Filosofia Pura

Um professor de filosofia parou na frente da classe e sem dizer uma palavra, pegou um vidro de maionese vazio e encheu com pedras de uns 2 cm de diâmetro.
Então perguntou aos alunos se o vidro estava cheio. Eles concordaram que estava.
Então o professor pegou uma caixa com pedregulhos bem pequenos, jogou-os dentro do vidro agitando-o levemente. Os pedregulhos rolaram para os espaços entre as pedras. Ele então perguntou novamente se o vidro estava cheio.
Os alunos concordaram: agora sim, estava cheio!Então o professor pegou uma caixa com areia e despejou-a dentro do vidro preenchendo o restante.
Agora, disse o Professor, eu quero que vocês entendam que isto simboliza a sua vida...
As pedras são as coisas importantes: sua família, seus amigos, sua saúde, seus filhos, coisas que preenchem a sua vida.
Os pedregulhos são as outras coisas que importam: o seu emprego, sua casa, seu carro...
A areia representa o resto. As coisas pequenas.
Se vocês colocarem a areia primeiro no vidro, não haverá mais espaço para os pedregulhos e as pedras. O mesmo vale para a sua vida.
Cuidem das pedras primeiro. Das coisas que realmente importam. Estabeleçam suas prioridades. O resto é só areia!
Mas então, (ESSA É AMELHOR PARTE) um aluno pegou o vidro que todos concordaram que estava cheio e perguntou novamente se o vidro estava cheio.
Os alunos concordaram: agora sim, estava cheio!
Então ele derramou um copo de cerveja dentro do vidro. Claro, a areia ficou ensopada fazendo com que ele desta vez ficasse realmente cheio.
Então disse: "Não importa o quanto sua vida esteja cheia de coisas e problemas, sempre sobra espaço para uma CERVEJINHA...".

sábado, 16 de junho de 2007

ESTOU DE VOLTA (AOS POUCOS) - PRA COMEÇAR MELHOR FALAR DA BAHIA...

IMPERDÍVEL!MESMO NÃO SENDO BAIANO, LEIA ATÉ O FIM!Divisão Física
A Bahia se divide em cabeça, tronco e membro, podendo esse membro ser da cidade baixa ou um membro da cidade alta. Dizem que existe também praias do Litoral Norte, mas esta terra já foi anexada ao território português. Pituba/Itaigara/IguatemiÉ o que importa. A única parte civilizada da civilizada, é o resultado de um prefeito que construiu uma avenida e ficou com preguiça de fazer o resto.
Centro Histórico Consiste em Ondina, Barra , Pelourinho e adjacências. É habitado somente uma vez por ano, no carnaval. Durante o resto do ano, somente turistas têm a disposição de subir as ladeiras do local para verem o Elevador Tiago Lacerda que liga o nada ao lugar nenhum. Outras atrações são a Praça do Pedinte, o Farol da Barra, o Mercado Modelo, a Igreja de São Francisco de Assis, a Igreja de Santo Antônio de Jesus, a Igreja de São Judas Tadeu, a Igreja de São Cosme Damião, a Igreja de São João Batista, a Igreja de Santo Expedito, a Igreja de São Paulo, a Igreja de São Jorge, a Igreja de São Mateus, a Igreja de São Longuinho, a Igreja de São Francisco de Assis II, a Igreja de São Bernardo, a Igreja de Santa Maria de Deus, a Igreja de Santa Rita de Cássia, a Igreja de Nossa Senhora da Luz, a Igreja de Nossa Senhora da Piedade, a Igreja de Nossa de Lurdes, a Igreja de São Francisco de Assis III e a Igreja Universal do Reino de Deus.
O Norte
A cidade é limitada ao Norte pelo Jardim de Alah, bem pertinho do Bompreço. Pode conferir em qualquer mapa da lista telefônica. Mais ao Norte é onde ficam as praias. E só praias. Oficialmente começa em Jaguaribe (uma praia) e termina em Vilas (outra praia), passando por Itapoã (outra praia, que ninguém sabe como se escreve). Seu acesso se dá pela Avenida Orlando Bloom, que tem a maior média de assalto do país:
2 assaltos por pessoa, minuto.
Brotas
É a Brooklyn soteropolitana (salvadorense) Um núcleo de resistência independente. Tem seu dialeto, moeda e governo próprio. Precisa de passaporte para cruzar a fronteira.
Cajazeiras
Vai de Cajazeiras 1 até Cajazeiras 15785. Tem vida própria e até hoje ninguém descobriu como chegar lá. Favor não confundir com cachaceiras.
Ribeira
Tem sorvete...e por do sol
Liberdade
É um dos bairros mais importantes de Salvador, por conter inúmeras passagens secretas que desafiam as leis da física e confirmam a teoria da quarta dimensão. Na Liberdade, você pode chegar ao Japão, através da feirinha. Não bastasse isso, engenheiros da NASA construíram uma base em um esgoto (que não funciona) secreto no bairro, pois descobriram que poderiam estudar composições de um buraco negro, no Curuzu (facilmente acessível pela Liberdade). Além do mais, você tem a liberdade de vender a porcaria que quiser e de abrir inúmeras Igrejas Católicas e protestantes que visam tomar seu salário.
Feira do Rolo
Esse é o local onde você compra o que quiser e quando quiser. É um "supermercado" que sempre tem o que você procura. Lá existem coisas como fósseis de pterodactilos, órgãos para transplantes, animais em extinção (qualquer um, de tigres- dente- se-sabre a mutantes), armas que nem a polícia brasileira tem, e objetos que foram roubados de sua casa. Se você tiver sorte, ainda encontrará sua mulher lá, caso ao contrario ela já foi revendida.
Divisão Química
Salvador é principalmente composta por átomos de Hidrogênio, Axé e Dendê e, claro de gazes provenientes desses compostos.
Divisão Biológica
Salvador tem um índice de 51% de cantores de axé, 47% de turistas. 1% de cearenses e 1% de seres não identificáveis.
História
Pré-História:
A Pré-História soteropolitana (salvadorense) foi o período mais conturbado da cidade, até que os Tupinambás expulsaram os Homos Erectus da região e iniciou-se a paz, marcada pela invenção mais importante da história baiana: a rede.
Idade Antiga:
Melhor perguntar pra Dona Canô.
Idade Média:
Em seus Feudos, os Caciques Tupinambás exploravam os camponeses num regime conhecido como vassalagem. Foi a época dos grandes torneios de miseres, piriguetes em perigo e lagartixas. Essa época também foi marcada pela inquisição, que levou à fogueira milhares de Tupinambás acusados de bruxaria e xamanismo.
Idade moderna:
1505 - Os portugueses chegavam trazendo para os índios espelhos, armas de fogo, cavalos, laptops, celulares e ipods, em troca de pau-brasil.
1549 - A cidade do São Salvador é fundada e tem seu primeiro Governador Mauricio de Souza. São construídos o Farol da Barra, o Elevador Tiago Lacerda,e todos os fortes (São Marcelo, Santo Antônio, Saint Seya, São Longuinho, etc.), o Pelourinho, todas as Igrejas (menos a Universal) e o primeiro shopping da cidade: o Mercado de Modelos, onde você pode comprar uma Cicarelli ou uma Ana Hickman.
Idade Contemporânea:
O Presidente do Brasil se muda de Salvador para o Rio de Janeiro, levando consigo Caetano Veloso e várias outras celebridades baianas que vão morar na nova capital.
1798 - Nasce ACM
1815 - É inventado o Trio elétrico e o carnaval é descoberto;
1830 - ACM vira o imperador da Bahia;
1990 - Ivete Sangalo lança seu 1º CD;
1991 - Ivete Sangalo lança seu 2º CD;
1992 - Ivete Sangalo lança seu 3º CD;
1993 - Ivete Sangalo lança seu 4º CD;
1996 - Começam as obras do metrô de Salvador;
2004 - É lançada em Salvador a primeira música que não é de axé. Nasce então o arrocha.
2005- O arrocha é esquecido;
2006 - Ivete Sangalo lança seu 17º CD;
2090 - Ivete Sangalo lança seu 80º CD;
2091 - O metrô é inaugurado;
2092 - O metrô entra em greve;
2093 - Morre em Salvador Ivete Sangalo ;
2094 - Morre em Salvador Dercy Gonçalves (morre?);
3091 - Morre ACM, ACM Neto assume o trono;
3099 - ACM ressuscita;
3666 - ACM assume ser o Anticristo (Anti-Cristo Miserável);
Demografia Baiana
Os soteropolitanos (nome dado a quem nasce em Salvador) constituem cerca de 50% da população brasileira, dos quais 98% só retornam a sua terra de origem durante o carnaval. Já onze meses depois (tempo de gestação do baiano), a taxa de natalidade na região passa para 100% (não existem casos de soteropolitanos nascendo em outras épocas do ano). Pesquisas recentes apontam que 50,1% da população é feminina e os outros 49,9% são homens. Os únicos idosos são ACM, Dona Canô, Dorival Caimy e Zélia Gatai. Dizem que existem outros, mas como baiano velho é tudo igual, ficam apenas esses na lista oficial. Segundo o IBGE, 80% dos soteropolitanos são baianos e 72% são brasileiros. O número absoluto da população ainda não foi descoberto, já que os estatísticos ficaram com preguiça de contar.
Economia
Salvador é cidade pólo na exportação de coco, cantoras de axé (os discos são produzidos em São Paulo), Obina, Berimbaus e sotaques para novelas da Globo, destacando-se os sotaques de paraibano, pernambucano e cearense. O principal produto de importação da cidade são os turistas, vindos principalmente de São Paulo, Rio Grande do Sul, Acre, Espanha, Papua/ Nova Guiné e República Tcheca.
Clima,
Vegetação e Hidrografia Em Salvador faz calor. Há apenas duas estações: o verão e a de trem que freqüentemente coincidem. A vegetação da cidade consiste em coqueiros. O principal rio chama-se Coco-Beach e fica no bairro do Costa Azul. Depois do fracasso do Bahiazul (uma tentativa do Imperador ACM de descartar lixo de seus campos de concentração) estuda-se a possibilidade de mudar o nome do bairro para Costa Marrom ou Costa Negra.
Cultura
Apesar de não ter teatros, cinemas, cafés, bibliotecas ou livrarias, Salvador é uma cidade com muita cultura. Inúmeras bandas de grande renome no antro erudito que fazem freqüentemente shows na cidade, a exemplo de Calypso, Aviões do Forró, Psirico e a mais nova banda de sucesso: Fantasmão. Não se pode esquecer, claro, que Salvador sedia a maior manifestação popular do mundo na terra, o carnaval. É nessa grande época que o soteropolitano gasta as energias que acumulou o ano inteiro, correndo atrás do trio, correndo atrás de mulher e, principalmente, correndo da policia. É no carnaval que o Soteropolitano tem a chance de escutar mais uma vez as inovações do axé que ele já ouve o ano inteiro, desde que nasceu.
O carnaval é tão importante para esse povo que, para não ter que esperar o ano inteiro, eles criaram uma série de festas como o Festival de Verão, O Bonfim Light, o Babado Elétrico, o trivela, o ensaio geral, o São João, o Natal, o Ano Novo, a Páscoa, o 7 de Setembro, o 2 de julho, o dia de Nossa Senhora de Fátima, o dia depois de amanhã, o dia do trabalho, o dia da mulher, dentre outros.
Língua
Em salvador é falado o Baianês, que conta com seu próprio alfabeto: A Bê Ce Dê E Fê Guê H I Ji Lê Mê Nê O Pê Quê Rê Si T U V X Z. Ao contrário do que muitos pensam, o baianês não é falado lentamente, mas sim cantado.
Não existe o gerúndio: o "d" no "ndo" é excluído, o que resulta em falano, correno, ao invés de falando, correndo.
A letra G (fala-se guê) também não é usada na maioria das frases quando tem som de j (ji), dando lugar ao R (Rê). Como por exemplo, "a gente" (fala-se arrente). Mas em alguns casos, também a letra S pode incorporar o som de R (Rê ), de forma que a frase "as camisas" tome a pronuncia de "Ar camisa" e "As mulheres" se convertem em "Ar mulé".
A propósito, o pronome nós não existe em baianês. Usa-se em seu lugar o "agente", nesse caso, escreve-se junto, e o único pronome a ter conjugação no plural: " arrente vamos". Fora "arrente e eu", todos os outros pronomes levam a mesma conjugação: tu vai, ele vai, vocês vai, eles vai.
Não existe plural, salvo algumas exceções, nas quais o "s" final nunca é pronunciado, a exemplo de "arrente vamo". Em baianês, uma frase nunca é concluída.
Existem alguns verbos novos, como "bora" ou apenas "bó", que significa "vamos".
O uso das palavras "pai" e "mãe" dificilmente fazem referência ao pai e a mãe realmente. Na maioria das vezes é usado para se comunicar com a namorada, mulher, amigos, guardadores de carro, catadores de lata e adjacentes.
Algumas frases cotidianas
"Cole, meu bródi"! - Olá, amigo
"E aí pai"? - Olá, amigo
"Fala nigrinha!" Olá, amiga
"Diga aê seu xibungo" - Olá, amigo"
Faaaala minha puta"! - Olá, amigo
"Cole miserê"! - Olá, amigo
"Diga aê disgraça"! - Olá, amigo"
Digái Negão"! - Olá, amigo (independente da cor do amigo)
"Ô véi" - O amigo!
"Cole de mermo?" - Como vai você?
"Aonde"! - Não mesmo!
"Vô quexá aquela pirigueti"! - Vou paquerar aquela garota!
"Vô cume água"! - Vou beber (alcool)
"Cole de mermo a sua"! - Qual o seu problema?
"Tá me tirando de otário é "? - Está me fazendo de otário?
"Shhh... Ai, mainha" - Até hoje não se sabe a tradução.
Sabe-se apenas que nas músicas de pagode, o vocalista está excitado com sua respectiva amante.
" oxi"! - Todo baiano usa essa expressão para tudo, mas um forasteiro nunca acerta quando usa. "Lá ele"! - Eu não, sai fora, ou qualquer outra situação da qual a pessoa queira se livrar.
Culinária
Salvador é a única cidade do mundo em que existe uma rede de fast-food de comida baiana. Nele você pode pedir um combo acarajé (hambúrguer, que vem com vatapá (mostarda baiana), salada, camarão e pimenta, batata frita e água de coco. Outros pratos muito servidos são: abará, moquecas, caruru, sarapatel, feijoada e chimarrão. Salvador é também a única cidade do mundo em que você pode pedir num restaurante uma punheta sem ser expulso do estabelecimento. Transportes
Os soteropolitanos contam com um sistema de transporte público extremamente pontual e que nunca se atrasa (para o dia seguinte), claro isso se não houver nenhum estudante parado na frente dele. O metrô, por exemplo, não teve até agora nenhum caso de atraso, a não ser os 10 anos de obra, ainda não concluída. E tem mais, o metrô de Salvador é o único metrô que passa por cima da cidade ao invés de por baixo (alguns dizem que a Disney está querendo comprá-lo, pois é a maior montanha russa do mundo). Em se tratando de transporte marítimo, os soteropolitanos contam com a mais alta tecnologia náutica de deslocamento: Os Ferry-boats, barcos-não-motorizados-que-vivem à deriva e Catamarãs assassinos (uma alusão aos camarões). Para se ter idéia de quão pouco estão desgastados: Um dos Ferry-boats se chama Maria Bethânia.
Moda
Salvador é a única cidade do mundo em que o Reveillon está sempre na moda. Todo mundo se veste de branco o ano inteiro, a não ser no Carnaval, quando a única vestimenta usada é o abada (quando usada...) e a camisa do Calypso Fest que é usada também como roupa nova. Lojas de vestimentas não lucram em Salvador, pois a roupa deles já vem anexada ao ingresso da festa.
Festas
Tópico ainda aberto, pois a verba liberada para a pesquisa é muito inferior ao gosto necessário para ingressar em todos os locais de entretenimento. Só se sabe que soteropolitano nunca tem dinheiro para comida, mas sempre tem para bebida e Chiclete com Banana.
"Ó PAÍ Ó",como não se orgulhar de ser baiano???Rss--