sábado, 31 de maio de 2008

SÓ PODIA SER COISA DE BAIANO!!!!!!!!!!!!!!

SÓ PODIA SER COISA DE BAIANO!!!!!!!!!!!!!! - Se observar falamos alguns
deste termos e não notamos. É realmente muito interessante.

Coisas de baiano...
Ao contrário do que muitos pensam, o Baianês não é falado lentamente, mas
sim cantando. Não existe o gerúndio, mas sim o gerúnio: o "d" no "-ndo" é
excluído, o que resulta em falano, correno, ao invés de falando ou
correndo.

A letra G (fala-se guê) também não é usada na maioria das frases quando tem
som de J (Ji), dando lugar ao R (Rê). Como, por exemplo, "a gente" (fala-se
arrente). Mas em alguns casos, também a letra S pode incorporar o som de R
(Rê), de forma que a frase "As camisas" tome a pronúncia de "Ar camisa" e
"As mulheres" se converte em "Ar mulé".

A propósito, o pronome nós não existe em Baianês. Usa-se em seu lugar o
"agente", nesse caso, escreve-se junto, e é o único pronome a ter
conjugação no plural: "arrente vamo".

Fora "arrente e "eu", todos os outros pronomes levam a mesma conjugação: tu
vai, ele vai, vocês vai, eles vai.
Não existe plural, salvo algumas exceções, nas quais o "s" final nunca é
pronunciado, a exemplo de "arrente vamo".
Em baianês, uma frase nunca é concluída.

Existem alguns verbos novos, como "bora" ou apenas "bó", que significa
"vamos" (acompanhe a evolução: originalmente "vamos em boa hora" - "Vamos
embora" - "Vumbora" - "'Bora" - "Bó") e também pode ser dito em forma
repetitiva-poética como "borimbora" ("Vumbora embora") .

Os exemplos abaixo só corroboram que existe uma capacidade inata no baiano
em poupar energia. O caso clássico consiste na evolução do "Vossa Mercê" em
"Vosmissê", após no já comum "Você", então no atualmente utilizado "Cê" e
já foram encontrados casos de comunicação natural através do "Rummm" (som
de grunido).

Algumas frases cotidianas:

§ "Colé, meu bródi!" - Olá, amigo.
§ "Colé, miser a !" - Olá, amigo.
§ "Colé, meu peixe" - Olá, amigo.
§ "Colé, men!" - Olá, amigo.
§ "Diga aê, disgraça!" - Olá, amigo.
§ "Digái, negão!" - Olá, amigo. (independente da cor do amigo)
§ "E aí, viado!" - Olá, amigo. (independente da opção sexual do
amigo)
§ "E a ê , meu rei!?" - Olá amigo.
§ "Ô, véi!" - Olá amigo.
§ "Diga, mô pai!" - Oi para você também, amigo!
§ "E a í , miser a !" - Olá, amigo!
§ "ÊA!" - Olá, amigo.
§ "Colé de m ê rm o ?" - Como vai você?
§ "É niuma, miserê" - Sem problemas, amigo.
§ "Relaxe mô fiu" - Sem problemas, amigo.
§ "Cê tá ligado qui cê é minha corrente, né vei?" - Você sabe que
é meu bom amigo, não é?
§ "Bó pu regui, negão?" - Vamos para a festa, amigo?
§ "Aí cê me quebra, né bacana" - Aí você me prejudica, não é meu
amigo?
§ "Aooonde!" - Não mesmo!
§ "Vô quexá aquela pirigueti" - Vou paquerar aquela garota.
§ "Vô cumê água" - Vou beber (álcool).
§ "Colé de merma ?" - O que é que você quer mesmo? (Caso notável
de compactação!)
§ "Eu tô ligado que cê tá ligado na de colé de merma" - Estou
ciente do seu conhecimento a respeito do assunto.
§ "O brother tirou uma onda da porra". - O cara 'se achou'.
§ "Tá me tirando de otário é?" - Está me fazendo de bobo?
§ "Tá me comediando é?" - Está me fazendo de bobo?
§ "Se plante!" - Fique na sua.
§ "Se bote ae, vá!" - Chamada ao combate físico
§ "Eu me saí logo" - Eu evitei a situação.
§ "Shhh...Ai, mainhaaa" - Até hoje não se sabe a tradução.
Sabe-se apenas que nas músicas de pagode, o vocalista está excitado com sua
respectiva amante.
§ "Oxe!" - Todo baiano usa essa expressão para tudo, mas um
forasteiro nunca acerta quando usa.
§ "Lá ele!" ou "Lá nele" - Eu não, sai fora, ou qualquer outra
situação da qual a pessoa queira se livrar ou passar para outro.
§ "Lasquei em banda!" - meteu sem dó nem pena.
§ "Biriba nela mô pai" - Manda ver! (no sentido sexual da coisa)
§ "Ó paí ó" - Olhe para aí, olhe! - Essa expressão foi utilizada
pela primeira vez pelo capitão português Manoel da Padaria a frente da Nau
Bolseta, que por infortúnio (leia-se burrice) perdeu-se da frota portuguesa
no caminho para as índias e veio parar na Bahia. Desde então foi resgatada
pelo povo baiano, assíduo leitor de Camões, já que trata-se de um texto
apócrifo d'Os Lusíadas, que nem os portugueses sabiam (Nenhum jamais
concluiu a leitura do clássico). É muito usada por aqui, tanto que virou
filme, peça teatral, música, marca de refrigerante, água de coco, barzinho,
cerveja, igreja....
§ "Num tô comeno reggae!" - Não estar acreditando ou dando muita
importância.
§ "Num tô comeno reggae de (fulano)!" - Não estar com medo de
provocação/ameaça de (fulano)
§ "Tome na seqüência misêre" - Tomar o troco de algo ruim que vc
fez
§ "Eu quero prova e R$ 1,00 de Big-Big!" - Não acreditar. O
"Big-Big" é um chiclete muito valorizado por pessoas de todas as classes.
§ "Sai do chão!" - Frase típica e predileta das bandas de axé. O
intuito da mesma é de que indivíduo se agite e curta o som tocado em
questão.
§ "Rumaláporra!" - Agir violentamente contra alguém ou algo.
§ "Picá a porra!" - Agir violentamente contra alguém ou algo.
§ "Rumaládisgraça" - Agir violentamente contra alguém ou algo.
§ "ei, ó o auê aí ô" - tida como única frase universal a utilizar
apenas vogais e ter sentido completo, significa 'parem de baderna.'
§ "Bó batê o baba" - Chamar os amigos para uma partida de futebol
§ "Bó pro reggae" - Chamar os amigos para a balada
§ "Hoje eu to na bruxa" - Hoje eu to muito louco